A Coreia do Norte, um país cercado de mistério e governado por regras rigorosas, sempre despertou a curiosidade do mundo exterior com suas peculiaridades e modos de vida únicos. Desde edifícios grandiosos, mas abandonados, até regras incomuns sobre cortes de cabelo, a vida nesse estado totalitário enigmático é, em muitos aspectos, um universo à parte. Aqui estão 14 curiosidades que você provavelmente não sabia sobre a Coreia do Norte, oferecendo uma visão mais profunda e, às vezes, perturbadora de uma nação tão debatida quanto desconhecida.
1. Um calendário baseado no nascimento de seu fundador
Enquanto o mundo segue o calendário gregoriano, os norte-coreanos vivem no ano Juche 111. Esse calendário peculiar foi iniciado em 15 de abril de 1912, data de nascimento de Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte. O sistema Juche reflete a ideologia autossuficiente promovida por Kim Il-sung, e essa singularidade cultural é um dos muitos exemplos de como o país se diferencia do resto do mundo.
2. Apenas 28 sites disponíveis
A internet como a conhecemos não existe na Coreia do Norte. O país possui uma intranet chamada "Kwangmyong", acessível apenas para uma pequena parte da população, com permissão especial. Existem apenas 28 sites disponíveis, todos controlados pelo governo, oferecendo informações altamente censuradas e propaganda estatal. A maioria dos norte-coreanos nunca terá acesso à internet global.
3. Regras próprias para o basquete
O líder norte-coreano Kim Jong-un é um grande fã de basquete e decidiu modificar as regras do jogo. Segundo suas regras, enterradas valem três pontos e arremessos de campo nos últimos três minutos podem valer até oito pontos. Além disso, errar lances livres pode resultar em pontos negativos. Essas regras tornam o jogo na Coreia do Norte único e diferente das regras internacionais conhecidas.
4. O trabalho dos sonhos para as mulheres
Na Coreia do Norte, ser controladora de tráfego é considerado um dos trabalhos mais desejados para as mulheres. As escolhidas para este cargo são frequentemente altas e atraentes, e desempenham suas funções com uma coreografia militar precisa. Esse papel é tão valorizado que existe até um site de fãs dedicado a essas mulheres, que se tornaram ícones dentro do país.
5. Kim Jong-un e sua aversão ao K-Pop
Apesar da popularidade global do K-Pop, na Coreia do Norte ele é visto como uma ameaça. O líder Kim Jong-un descreveu o K-Pop como um "câncer vicioso" que corrompe os jovens norte-coreanos. Nos últimos dez anos, pelo menos sete pessoas foram executadas por assistir ou distribuir vídeos de K-Pop. A repressão à cultura sul-coreana é uma parte crucial da estratégia de isolamento cultural do regime.
6. O edifício mais alto da Coreia do Norte é um hotel abandonado
O Hotel Ryugyong, localizado no centro de Pyongyang, é um exemplo impressionante de megalomania arquitetônica. Com seus 329 metros de altura e 105 andares, o edifício foi projetado para ser um símbolo do poder norte-coreano, mas nunca foi concluído. Conhecido como "o hotel da condenação", o Ryugyong permanece vazio, uma lembrança silenciosa das ambições frustradas do regime.
7. Mulheres: Escolha um destes penteados
Na Coreia do Norte, as mulheres não têm liberdade para escolher qualquer estilo de cabelo. Existem 15 estilos de penteados aprovados pelo governo, e a escolha depende do estado civil. Mulheres solteiras devem manter o cabelo curto, enquanto as casadas têm um pouco mais de flexibilidade. Essa regulamentação é parte do controle rígido do regime sobre a vida pessoal dos cidadãos.
8. A regra do castigo de três gerações
Na Coreia do Norte, os crimes de uma pessoa podem condenar três gerações de sua família. Essa prática brutal, conhecida como "culpa por associação", significa que se alguém é condenado por um crime, seus filhos, netos e até bisnetos podem ser enviados para campos de prisioneiros. Essa política draconiana serve para intimidar a população e garantir a lealdade ao regime.
9. Você precisa de permissão para comprar um laptop
Adquirir um computador na Coreia do Norte é um processo extremamente complicado. Além de ser caro, é necessário obter autorização do governo. Mesmo com a permissão, o acesso à tecnologia é restrito, e o uso de laptops é monitorado de perto. Essa barreira tecnológica é mais uma forma de controlar a disseminação de informações e manter o isolamento da população.
10. Música ‘externa’ proibida
Em 2015, o governo norte-coreano ordenou a destruição de todas as fitas e CDs contendo músicas "externas" proibidas. Apenas algumas músicas, que promovem os ideais políticos do regime, são permitidas. A música ocidental e sul-coreana é considerada uma ameaça à ideologia do Estado, e o consumo ou posse desses materiais pode resultar em punições severas.
11. Adeus aos jeans azuis
Os jeans azuis, vistos como um símbolo do capitalismo americano, são proibidos na Coreia do Norte. Essa restrição é parte da campanha do regime contra a influência ocidental. A moda é rigorosamente controlada, e qualquer desvio das normas estabelecidas pode levar a sanções. A proibição dos jeans é um exemplo da luta do país para manter uma identidade cultural isolada.
12. Quatro canais de televisão
Enquanto em grande parte do mundo as pessoas têm acesso a centenas de canais de televisão e serviços de streaming como o Netflix, na Coreia do Norte existem apenas quatro canais estatais. Esses canais transmitem principalmente propaganda do regime e programação que exalta os líderes do país. O controle da mídia é absoluto, garantindo que os norte-coreanos tenham acesso apenas à informação aprovada pelo governo.
13. Um metrô subterrâneo e abrigo anti-bombas
O metrô de Pyongyang não é apenas um meio de transporte; ele também serve como abrigo anti-bombas. Com 110 metros de profundidade, é um dos sistemas de metrô mais profundos do mundo. Durante a Guerra Fria, foi projetado para proteger a população em caso de ataques aéreos. O metrô também é conhecido por suas estações elaboradamente decoradas, que refletem a estética grandiosa do regime.
14. O maior estádio do mundo
O Estádio May Day, localizado em Pyongyang, é o maior estádio do mundo, com capacidade para 150.000 pessoas. Projetado com inspiração em uma flor de magnólia, o estádio é usado para eventos esportivos, celebrações e espetáculos de massa, como os famosos Jogos de Arirang, que envolvem dezenas de milhares de participantes em uma coreografia sincronizada. O estádio simboliza a grandiosidade e o poder que o regime norte-coreano busca projetar ao mundo.